quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Batman Vs. Jason


Camp Crystal Lake.

Sobre o píer em estado miserável o Cavaleiro das Trevas observa o lago, que refletia a lua cheia de maneira quase poética. O ar puro lhe trazia boas recordações. Foram suas últimas férias de verão antes dos disparos que lhe tiraram as duas pessoas que mais amava. Lembrava-se da hesitação da mãe em deixá-lo partir para o acampamento, dos conselhos do pai e da assustadora história que Alfred contou durante a viagem de Ghotam para Wessex County: Muitos anos atrás um garoto chamado Jason Voorhees entrou no lago e se afogou. O corpo nunca foi encontrado e dizia a lenda que Jason puxaria qualquer criança que não soubesse nadar para o fundo do lago, para junto dele...
Mesmo sendo um excelente nadador para sua idade, a história causou arrepios no pequeno Bruce. Ao longo de sua vida dedicada ao combate ao crime ele viu e ouviu coisas piores, mas hoje, mesmo adulto, esta lembrança o deixava apreensivo. Havia alguma coisa que ele não se lembrava de sua estadia anterior em Crystal Lake, alguma coisa que aconteceu e...
O Morcego emerge de suas lembranças. Barulho em uma das cabanas abandonadas. Hora de se concentrar no presente! Suas investigações o trouxeram até aqui atrás do Dr. Jonathan Crane, o Espantalho. Suas vítimas sofriam um ataque cardíaco fulminante após inalarem seu terrível gás do medo (um psicotrópico alucinógeno) e serem devidamente sugestionadas a revelarem suas fobias, traumas e medos ocultos.
Silenciosamente ele caminha até uma cabana de madeira cuja metade já desmoronou. Entra rapidamente, como se saído das trevas de um pesadelo, e dois jovens gritam...

Longe dali, mata adentro, num casebre de madeira em pior estado que as cabanas do acampamento e rodeado por velhas faixas policiais de “Mantenha Distância”, o Dr. Crane aguarda calmamente na penumbra que seu “paciente” vestindo uma camisa de força e amarrado numa cadeira velha, recobre a consciência. A pouca luz que há no local provém de um antigo lampião.
- Boa noite Sr. Jarvis! Bem vindo de volta!
- Onde... onde estou? Pra onde... você me trouxe? Seu...
- Ora, não reconhece o aroma do campo, Sr. Jarvis? Não lhe trás nenhuma lembrança? Você está de volta ao lar, Tommy! Estamos em Crystal Lake!
- Não... – Tommy inclina a cabeça para baixo e começa a chorar. – Não...
- Sim! Foi aqui, não? Nesta cidade! Minha intenção era te levar para sua antiga residência, mas demoliram tudo por lá... Foi sorte ter achado este lugarzinho adorável a meio caminho do lago! – o Espantalho cruza os braços por trás das costas e aspira o ar longamente. Teve que abrir todas as portas e janelas improvisadas com madeira do casebre para que o ar circulasse e o fétido odor de coisas malditas saísse dali.
- Por quê? Por que você me trouxe aqui?
- Porquê, Tommy? – o Espantalho inclina-se para frente para que sua vítima veja a máscara medonha que cobre seu rosto. – Simplesmente porque eu preciso de uma cobaia! E você, Sr. Jarvis, foi o escolhido! HwHahhahAhahahahahahaha... – a gargalhada assustadora ecoa pela mata.
Um corvo junta-se a ele.

O Homem Morcego observa os dois rapazes correndo aos gritos para fora do Camp. Viciados. O susto de sua aparição foi o suficiente por hoje. Se houvesse tempo poderia passar um curto e eficiente sermão sobre como as drogas são nocivas à saúde. Claro, a eficiência ficaria por conta de estarem pendurados de cabeça para baixo numa das grandes árvores do lugar...
A parte coberta da velha cabana tem o piso de madeira coberto de pontas de cigarro, seringas e preservativos usados, numa triste deturpação de suas recordações de infância, quando todas as cabanas eram limpas e cheirosas, realmente aconchegantes. Nos áureos tempos do Camp Crystal Lake, todo verão, durante duas semanas, sessenta afortunadas crianças hospedavam-se ali e passavam o dia realizando diversas atividades educativas e recreativas. Ele foi campeão de arco e flecha naquelas férias. Seus pais ficaram orgulhosos quando souberam. Foi a primeira coisa que contou a eles depois do... incidente!
Sim, ele se lembrava agora!
Ele e mais algumas crianças estavam nadando perto do píer, cercados pelos Monitores do Camp (com suas engraçadas camisetas pólo amarelas) quando ouviu um grito. Uma garotinha estava se afogando. Ela clamou por socorro, se debatendo, afundou, apareceu de novo, gritou mais uma vez e desapareceu de vez. Ignorando os gritos dos Monitores, o pequeno Bruce Wayne submergiu e nadou em direção a garotinha, que havia se afastado do resto do grupo sem que ninguém notasse. Cinco pessoas procuravam desesperadamente a criança na água, emergindo de tempos em tempos em busca de ar. Uma delas era Bruce Wayne. E foi ele que a avistou, desesperada, batendo os braços e pernas a uns dois metros da superfície e ao invés de subir ia descendo cada vez mais. Parecia que alguém a estava puxando para o fundo escuro e frio do lago! E estava...
Bruce Wayne, oito anos, agarrou a menina pela mão e tentou puxa-la para cima, para longe da escuridão que era o fundo do lago. Mas a garota não saía do lugar. Era como brincar de cabo de guerra com a água.
Seu fôlego estava no fim mas ele não podia arriscar.
Se subisse para respirar talvez não a encontrasse de novo, e o lago venceria. Ele olhou para a menina. Ela estava consciente, muito assustada e apontava freneticamente com a mão livre para baixo, como se lhe mostrasse alguma coisa. E então ele viu. Jason Voorhees, o garoto que se afogou anos atrás puxava a menina pelo pé, para junto dele, no fundo do lago. Jason era muito pálido, vestia apenas um calção de banho azul marinho. Sua cabeça era maior do que deveria ser, seu pouco cabelo era comprido e agitava-se debaixo da água como teia de aranha ao vento. Os olhos não ficavam alinhados, um deles tinha um aspecto estranho e os dentes eram tortos e escuros. Parecia um pesadelo.
Era covardia, Jason puxava a garota com as duas mãos enquanto Bruce só podia contar com uma, a outra ele agitava, com as pernas, para subir. Mudou de tática então: soltou a menina e foi mais para baixo. Alinhou-se ao monstro e desferiu vários golpes contra ele, socos e chutes. Jason soltou a menina, que começou a subir. Bruce tentou ir atrás mas foi agarrado pela cintura. Bateu os pés e mãos, estava subindo, pode ver de maneira turva a parte de baixo de uma canoa. A garotinha foi puxada para fora d’agua. Acertou seu atacante com uma cotovelada. Foi solto. Um braço o agarrou e puxou para cima também, para o ar, para a vida. Ainda pode ver o menino deformado o encarando enquanto voltava para o fundo.
Por algum motivo sentiu pena dele.

- Você não parece ter ficado totalmente satisfeito com minha justificativa para querer sua presença aqui hoje, Sr. Jarvis! Hum... na verdade é a sua presença aqui amanhã que me interessa! – Crane olha para o relógio. – Mas já estamos quase lá!
Era quinta-feira, doze de junho. Passava das onze e meia da noite.
- O MEDO, Sr. Jarvis, é algo poderosíssimo e fascinante. E você foi escolhido a me revelar mais algumas facetas deste sentimento. Devo confessar que haviam mais algumas pessoas candidatas a ...vaga que o Sr.ocupa agora.
- E que vaga eu ocupo agora, posso saber, seu louco?
- Louco! Interessante, vindo de quem vem! O Sr. passou mais da metade de sua vida em clínicas psiquiátricas, instituições para doentes mentais e hospícios!
- Verme...
- Sim, eu fiz o dever de casa, Tommy. Os outros... objetos de estudo não eram tão completos como você. Uma garota em Haddonfield e outra de Springwood, mas ambas tiveram que confrontar seus Agentes de Pânico já na idade adulta. Você o fez na infância Tommy, e independente das conseqüências, triunfou! Mas e se repetirmos a experiência, qual seria o resultado? É você ou o medo que triunfará desta vez? Não está curioso?
- Vá se foder, seu... – o Espantalho cala Tommy com uma bofetada na bochecha com as costas da mão.
- Seu moleque! Mal sabe o que o espera... ou sabe, Tommy? – Crane aponta com o queixo para uma mesa que devia estar recebendo ajuda sobrenatural para manter-se de pé. Sobre ela havia um embrulho de presente. – É pra você! Não está curioso? Bem, eu estou! – diz, olhando para o relógio. – Sim, já está quase na hora!
Tommy fechou os olhos o mais forte que pode e tremeu.
- Ainda não, Tommy... Ainda não!

Batman lembrou do que seu pai disse a Alfred na noite em que ele voltou do acampamento: “A falta de oxigenação no cérebro foi a causa da alucinação. Pelo que ele disse, foram mais de dois minutos sob a água Alfred, por sorte não houve danos maiores... Meu filho salvou a garotinha, ele é um HERÓI!”. Thomas e Martha Wayne estavam orgulhosos. E era assim que Bruce os queria agora...
Pegar o Homem-Morcego num ataque surpresa era praticamente impossível.
Jason Voorhees seria para sempre lembrado por ele como o que chegou mais perto de conseguir. Uma inclinação rápida para frente evitou a decapitação, mas a luta mal começara. No interior da cabana os oponentes analisaram-se mutuamente durante alguns instantes. Batman calculou que o outro deveria ter quase um metro e noventa de altura (um pouco maior que ele) e pesava mais de cento e quinze quilos. Já tinha enfrentado inimigos maiores, mas não conseguia imaginar como alguém com aquela massa toda podia se mover são silenciosamente sem que sua respiração ou seus passos o denunciasse, ainda mais num piso de tábuas velhas e podres que rangiam a troco de nada. Nova investida de Jason com o facão, e outra, e outra. Não era difícil desviar de seus golpes (ao menos quando se sabia que eles estavam vindo). O Morcego ataca com um soco no estômago, um chute no rim e outro no peito. Jason recua e investe novamente. Batman se livra de mais uma seqüência de golpes de facão e, mantendo uma certa distância, diz:
- Escute, eu não sei quem é você mais não estou aqui por sua causa. ... – Jason inclina a cabeça para o lado. Parecia estar prestando atenção. – Eu sugiro que cessemos as agressões mútuas para... – dessa vez o ataque veio rápido demais. O corte foi superficial mais fez respingar sangue pelo chão de madeira da cabana e rasgou o morcego sobre a elipse amarela no peito de Batman.
- Vai ser do seu jeito então... – disse o Cavaleiro das Trevas com sua entonação de voz mais sinistra, antes de saltar sobre seu adversário. Mas não demorou muito para que ele percebesse que a luta seria inútil. Passaria a noite inteira escapando das investidas de Jason, que por sua vez receberia toda sorte de golpes sem sofrer dano nenhum. E como aparentemente tratava-se de um oponente sobre-humano ele levaria a pior no fim, já que a certa altura estaria exausto demais para se defender. Melhor então dar um jeito nisso agora: Já que não podia derrubá-lo tentaria ao menos contê-lo. Acertou uma série de golpes que fizeram Jason recuar bastante. Antes que se recompusesse para uma nova investida, jogou contra ele uma de suas bombas de fumaça, rolou porta afora e atirou uma pequena carga explosiva contra o único alicerce que sustentava a cabana, que veio definitivamente a baixo.
Por hora era o suficiente. Caminhou em direção a mata, onde tinha armado uma pequena barraca para sua estadia em Crystal Lake. Em seu interior havia um Kit de Primeiros Socorros com bandagens, analgésicos, material para pequenas suturas e até uma vacina anti-tetânica. “Vou precisar dela...” pensou, lembrando do facão enferrujado empunhado pelo gigante com a máscara de hóquei.

- Ouviu isso, Tommy?
- Não...
- Alguma coisa foi a baixo, e não foi a sua mente, heheheheheh... Ainda não!
Sobre a mesa, ao lado do “presente” de Tommy, havia um despertador antigo, com sinetas que tocaram estridentemente quando os ponteiros alinharam-se indicando a meia-noite.
- É hora! Tommy? Sabe que dia é hoje?
- Não...
- Sabe sim! – com uma antiga bomba de inseticida o Espantalho borrifou uma dose fraca de seu gás no rosto de Tommy Jarvis, que inalou um pouco e tossiu.
- Humffff... desgraçado, o que você pensa que... cof cof...
- Isso meu querido, respire, isso! Respire devagar... Mais um pouco? Tome! – mais uma borrifada. – Assim! Ah, e antes que eu me esqueça: Feliz SEXTA-FEIRA 13 ! Não vai querer seu presente? – Crane pega o embrulho. - Não?
- Cof... enfia... Enfia no seu...
- Basta! Quanta insolência! Já que você está preso nessa cadeira eu vou fazer de abrir para você! O que será que temos aqui? Oh! Olha só... – fingi-se surpreso o Espantalho, extremamente teatral. – Uma máscara! De hóquei!
- Não... – a visão de Tommy estava nublada. Ele via o Dr. Jonathan Crane sacudindo a máscara para lá e para cá na frente de sue rosto, como aqueles pêndulos usados em sessões de hipnose.
- Sim! Foi usando uma dessas que... como era mesmo o nome dele?
- Jason.... Jason Voorhees...
- Isso, Jason! Ele acabou com sua vida não? E você deu o troco, não foi Tommy? Sim, acabou com ele!
- Não... – o efeito do gás estava passando.
- Não?
- Não... não é possível acabar... acabar com ele! Ele volta, ele sempre volta...
- Muito interessante! Ele volta dos mortos?
- Não, ele não pode morrer...
- E de onde ele volta então?
- Do lago...
- Ora essa! Vamos para lá então! Whahahahahahahah... – o Espantalho saca uma de suas pistolas de dardos e acerta o pescoço de Tommy, que adormece imediatamente. Sem muito esforço ele é desamarrado da cadeira e preso em pé num carrinho de carga e descarga de caixotes. O casebre usado como cativeiro ficava em mata fechada, de solo acidentado e cheio de pedras. Essa foi a parte mais difícil do trajeto. O esforço de empurrar o carrinho diminuiu consideravelmente alguns metros depois, ao entrarem numa trilha de terra, e o Espantalho concluiu o caminho até o lago assobiando uma melodia bizarra que ele mesmo tinha composto.

O teto da cabana recém demolida começou a se mover. Pareceu arrastar-se para um lado, depois para o outro. Por fim pareceu que estava levitando, foi até uma certa altura, quebrou no meio e voltou ao solo. Jason estava triunfantemente em pé sobre o que restou do antigo Alojamento B dos meninos. Enquanto uma das mãos segurava o inseparável facão (o mesmo que anos atrás Alice usou para decapitar sua mãe, Pamela Voorhees), a outra ocupava-se de tirar uma ripa pontiaguda que lhe transpassara o tórax.
Ao fim do procedimento Jason olhou para o lago e depois para a mata. Sua mente, mesmo funcionando de maneira simples, calculou acertadamente que Batman tinha adentrado a mata. Estava calculando se seria mais vantajoso iniciar uma perseguição ou retornar para o fundo do lago quando ouviu um assovio, que ia ficando cada vez mais alto.
De imediato soube o que devia fazer.

Batman estava terminando o curativo sobre o peito quando ouviu o despertador do Espantalho tocando, não muito distante. Foi uma questão de pouco tempo até localizar o casebre. E mais fácil ainda foi seguir a trilha deixada pelo carrinho. Tornou-se um exímino rastreador nas savanas africanas durante seus anos de treinamento.

Tommy Jarvis estava amarrado num carrinho de transportar caixotes sobre um píer, de frente para o Crystal Lake. Estava recobrando os sentidos.
- Linda vista, não?
- Nem tanto... – respondeu ao Espantalho, que estava atrás dele.
- Sim, você tem seus motivos para achar isso...
- Você também não gostaria se... ah, vá se foder! Eu não vou compartilhar nada com você, ouviu? Nada! Nada seu filho de uma puta. Seu.... – silêncio. Era a primeira vez que Tommy pode soltar seus impropérios sem que o Dr. Crane o censurasse como a um estudante. Isso o deixou apreensivo. - Onde está você? Cadê você? – Tommy forçou as amarras. Percebeu que só seria possível sair dali se alguém o soltasse.
- Búh! – o Espantalho saltou na sua frente, fazendo-o gritar de susto. Usava a máscara de hóquei que tinha mostrado a Tommy antes sobre a sua própria máscara de pano e palha.
- Hahahahahahah... ainda é cedo, Tommy! Já está gritando? E olha o efeito do gás que eu te dei antes já passou hein! Era a dose infantil!
- Por quê? Por que você faz isso comigo?
- Eu já disse, Tommy, é uma experiência. E você foi o melhor objeto de estudo que eu tinha em mãos! Mas chega! Vamos agora ao que interessa! Vamos ver como você reage a uma dose mais alta do meu gás!
- Crane! Basta! – um batrang certeiro zumbiu pelo ar e acertou a mão do Espantalho. O spray com uma dose mais forte do gás do riso caiu de sua mão.
- Batman! Veio passar suas férias aqui conosco? Não vou mentir dizendo que você é bem vindo mais...
- Chega de falatório, Crane! – o Homem-Morcego acerta um cruzado de direita que joga o Espantalho pra frente, no fim do píer. Mais um pouco e ele teria caído no lago. As amarras que prendem Tommy vão sendo cortadas rapidamente por Batman com uma lâmina afiada.
- Obrigado... – diz Tommy.
- Não há de quê. Você pode andar?
- Acho que sim...
- Ótimo. Mantenha-se calmo, isso já está quase terminando.
- Sim...
Batman para de cortar abruptamente as amarras, e Tommy percebe. – O que foi?
- Um conhecido resolveu reaparecer... – Jason havia acabado de sair da mata e vinha em direção a eles, passos firmes. Tommy, de costas, nada via.
- O que está acontecendo?
- Nada! Não se preocupe, eu volto logo para te tirar daqui. Pegue minha faca, seus braços estão livres, veja se pode terminar de se soltar.
- Tudo bem...
Batman corre em direção a Jason, que mantém seu ritmo obstinado. Ele o alcança a dois metros da entrada do píer, com uma voadora que o derruba para trás. A luta recomeça.
Tommy corta as amarras restantes da camisa de força com certa rapidez. As cordas que o prendem ao carrinho dão mais trabalho. A sua frente ele vê o Espantalho se levantando.
- Brutamontes, hunf... – ele vem em sua direção.
- E aqueles dois ali agora, hein? O Morcego eu conheço, mas quem é o outro?
- Outro?
- Sim, o outro. Veja.... – o Espantalho vira o carrinho em direção a luta.
- Meu Deus...
- O que tem ele?
- Aquele é Jason Voorhees!
- Jason Voorhees? Não pode ser, Jason Voorhees está morto.
- Não, não está – diz Tommy, e acerta um murro no meio dá máscara de hóquei que Crane usava. Ela se parte ao meio e cai no chão. A máscara de pano do Espantalho começa a ficar manchada de sangue de dentro para fora, sobre onde devia estar o seu nariz.
- Beu dariz... focê quebrou beu dariz! – mais um golpe e o Espantalho cai no lago. Ele começa a se debater. – Eu dão sei nadar... Dão sei nadar...
Tommy pega duas pistolas de ar comprimido que haviam caído quando Batman acertou o Espantalho e corre em direção a luta, nas margens do lago. Ele espera uma hora em que os dois estejam bem distantes e acerta vários disparos em Jason. A princípio ele fica imóvel, depois ele cai pesadamente para trás.
- Obrigado! – diz Batman.
- Era o mínimo que eu podia fazer, você me salvou daquele louco.
Crane ainda debatia-se na água.
- Vou tirá-lo de lá – diz Batman.
- Você é quem sabe... – responde Tommy.
O Homem- Morcego corre até o píer.
Tommy caminha até o inconsciente Jason. Entre eles há uma barra de ferro pontiaguda esquecida no chão. Tommy a apanha e começa a atacar Jason violentamente, perfurando-o na barriga, peito e até no rosto, sob a máscara, onde estariam seus olhos. – Morra, morra! Morra...
Batman, em pé sobre o píer, suspende Crane com apenas um braço pela gola da velha blusa, o joga no chão e o algema. – Você vai voltar para o Arkham, Crane!
- Eu... só queria saber...
- Saber o quê?
- O quê acontece quando alguém é forçado a encarar um medo que julgava ter superado defintitivamente...
Batman sabia. Ele fazia isso sempre, sempre que a cena da morte de seus pais passava em sua mente nos seus pesadelos, ou quando via um inocente morto...
- As vezes, Crane, a saída é tornar-se o próprio medo!
- Sim, agora eu sei! Graças ao querido Tommy agora eu sei. Hahahahahhahaha... – gargalhou o Espantalho enquanto observava Tommy Jarvis com a máscara ensangüentada de Jason aproximar-se sorrateiramente por trás de Batman, empunhando um facão enferrujado.
FIM
P.S. - O DESENHO NO TOPO DO POST NÃO É MEU, ACHEI POR AÍ...

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Bloqueio


Quando eu comecei este Blog pensava em escrever algo toda noite, ou pelo menos o faria com a maior frequência possível.

Acontece que já são mais de duas horas da manhã e não me ocorreu nada digno de nota até agora.

Resolvi apelar: Vou falar sobre Bloqueio Criatvo!

É fato que dezessete em cada dez escritores apelam pra este assunto uma hora ou outra, sejam eles bloggeiros, cronistas de jornais ou revistas, articulistas de toda a espécie, etc.

Obviamente eu sabia que isso aconteceria comigo mais cedo ou mais tarde, mas nunca imaginei que fosse tão mais cedo assim.

Logo eu, cheio de idéias...

Talvez seja esse o problema, idéias demais.

Tantas que vc nem sabe pra qual dá atenção primeiro, qual tem que ser melhor trabalhada, desenvolvida ou mesmo descartada.

Descartar acho que eu não vou não, mesmo as mais... mais... Ah, sei lá, me falta a palavra.


Mesmo essas podem se tornar posts legais se bem escritas.

Tava lembrando agora de como sempre odiei matemática e como essa se tornou minha matéria favorita na faculdade de Medicina Veterinária (trancada, morta, cremada e com as cinzas enviadas para os espaço).

O segredo está na maneira como a coisa é exposta pra nós.

Uma coisa é certa, agora eu não tenho mais minha cartinha na manga. Ou eu deixo de ser preguiçoso e organizo as idéias ou tenho que escrever com menos frequência por aqui, coisa que eu não quero.

Sou como o Batman no clássico O CAVALEIRO DAS TREVAS, travando expontâneamente todas as armas do seu Batmóvel para não ser tentado a usá-las contra um inimigo poderoso...

Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão ...

domingo, 7 de outubro de 2007

Vídeos de Assombração


Não me ocorre nada no momento capaz de explicar como pode uma pessoa não se interessar pelo assunto. Mesmo as mais céticas e as que dizem não gostar "dessas coisas" acabam se rendendo qdo vc se dispõe a mostrar algo do gênero.
Eu mesmo, desde tenra idade, sou fascinado pelo assunto. Sempre gostei de filmes de terror, assustava os outros na rua, fazia a brincadeira do copo com meus amigos (certa vez fizemos na escola e quase suspenderam as aulas pq vários alunos ficaram com medo e não queriam voltar para a sala após o recreio).
O fato é que eu sempre tive vontade de presenciar algo estranho (espíritos, criaturas desconhecidas, fenômenos paranormais, O.V.N.I.s, etc). Como nunca tive essa sorte (ou azar, dependendo do ponto de vista), tratei de dar meu jeito: É claro que o copo andou naquele dia na escola pq estava tendo uma "forcinha" externa. Mas isso já faz tempo, desde então as coisas foram evoluindo, as técnicas e métodos se refinaram. Hoje em dia eu tenho me dedicado aos tais vídeos do título deste post. E como o Youtube facilita as coisas! Eu apronto das minhas e o mundo inteiro pode ver através de um click!
O ambiente faz toda a diferença num filme desses. Um corredor escuro e silencioso de madrugada
http://br.youtube.com/watch?v=bBY5Oza6mjg ou um pátio de estacionamento vazio visto através de uma câmera de segurança http://br.youtube.com/watch?v=wjXuthkAJC0 me pareceram bastante apropriados. A "assombração" em ambos os casos é um mero detalhe. Não vou perder meu tempo e nem o seu comentando sobre a do primeiro vídeo. Já a do segundo foi obtida através de um dispositivo tão precário e improvisado que só passou na minha peneira graças a péssima qualidade da imagem.
Quem duvida que o assunto é interessante que vá dar uma olhadinha no número de visitantes de ambos (o mais novo contabiliza quase mil visitas até o momento. O anterior já beira as trinta mil).
É claro que nem todos acreditam, basta olhar os comentários das pessoas me xingando ou expondo as falhas técnicas das "películas" (entre aspas pq foram gravados em mídia digital). Não apago esses comentários de lá pq acho até construtivos. E não produzo meus filmes com a intenção de enganar ou lucrar em cima dos outros. Eu faço pq gosto e não acho que quem acredite neles seja tonto(a) nem nada.
Cada um vê nas coisas o que quer ver...

sábado, 6 de outubro de 2007

A Arte de Esguichar Saliva


Pois é, a alguns minutos venho me dedicando ao treino dessa desconhecida e fascinante faceta da fisiologia humana.
Na verdade fazem uns dois meses que um amigo me disse que isso era possível, e confesso que na hora eu não acreditei. A informação tinha aquele quê de lenda urbana sabe? Tipo "Eu conheço um cara que é vizinho de um sujeito que tem um primo que consegue esguichar saliva a uns dois metros de distância"...
O fato é que desde então esse meu amigo vinha praticando incansavelmente a tal técnica. E qual não foi a minha surpresa ao reencontrá-lo agora a pouco e descobrir que ele conseguiu realizar a façanha!?!?
Sim, eu tenho um amigo que esguicha saliva!
E digo mais: Eu mesmo, após algumas dicas, consegui fazer (uma vez) minha saliva esguichar para fora, durante um bocejo!
Segundo esse meu amigo temos algumas glândulas responsáveis pela salivação no interior da boca, sendo que duas ficam na garganta (próximas as amígdalas) e outras duas sob a língua. Durante um tipo de esforço específico na cavidade oral, semelhante a um bocejo, a saliva pode ser jorrada para fora.
Os jorros que vão mais longe são os provenientes da garganta, podendo atingir mais de dois metros de distância. O jorro sublingual é bem mais curto - minha saliva respingou em mim mesmo durante minha úncia experiência bem sucedida.
Mas eu ainda chego lá, afinal de contas somente depois de muito treino foi que eu finalmente consegui dominar a técnica de mexer as orelhas...

Quem estiver interessado deve começar a praticar aproveitando um bocejo. Mantenha a língua erguida, sem encostar na parte de baixo da boca (que chamaremos de Inferno da Boca, já que a parte de cima é o Céu) e a force para cima e para baixo, com a boca aberta e expondo seus dentes de baixo. Uma hora sai um borrifinho (não passei dessa fase ainda) e, acreditem, será um momento glorioso! Depois, quando você já conseguir fazer isso com mais frequência, vá exercitando a musculatura do local.

Bom, eu tô nessas por enquanto. É o que dá trabalhar a noite num local quase sempre tranquilo...

Boa sorte pra quem tentar!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Explicação

Pingudebuguduguruiê é uma palavra inventada por mim que não quer dizer absolutamente nada.
Ou melhor, não queria...
Agora é o nome do meu Blog!
Vale ressaltar que até o presente momento apenas uma pessoa além de mim é capaz de pronunciar essa palavra. E por motivos de segurança sua identidade será mantida no mais absoluto sigilo.