quinta-feira, 27 de novembro de 2008

MUNDO LOUCO (tradução da música do Tears for Fears)


Tudo ao meu redor são rostos familiares
Lugares desgastados, faces desgastadas




Claro e cedo para suas corridas diárias
Indo a lugar nenhum, indo a lugar nenhum




Suas lágrimas estão enchendo seus copos
Sem expressão, sem expressão




Escondo minha cabeça, eu quero afogar meu sofrimento
Sem amanhã, sem amanhã




Eu acho isso meio divertido
Eu acho isso meio triste
Os sonhos nos quais estou morrendo são os melhores que já tive
Eu acho difícil para dizer-lhe
Eu acho difícil para aceitar
Quando pessoas correm em círculos, isso é um mundo muito
Mundo louco, mundo louco




Crianças esperam pelo dia que se sintam bem
Feliz aniversário, feliz aniversário




Eu me sinto como toda criança deveria
Sentar e escutar, sentar e escutar




Fui para a escola e eu estava muito nervoso
Ninguém me conhecia, ninguém me conhecia




Olá professor me diga qual é minha lição
Olhe bem pra mim, olhe bem pra mim




Eu acho isso meio divertido
Eu acho isso meio triste
Os sonhos nos quais estou morrendo são os melhores que já tive
Eu acho difícil para dizer-lheEu acho difícil para aceitar
Quando pessoas correm em círculos, isso é um mundo muito
Mundo louco, mundo louco
Ando ouvindo muito isso atualmente...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Por que eu salvaria o Mundo se não espero mais nada dele?



A pergunta-título desse Post eu tirei da fala de um personagem no trailer do filme Wachtmen, que estréia ano que vem.
Achei-a interessante e digna de reflexão:
Por que eu salvaria o Mundo se não espero mais nada dele?



Imagine que o planeta está a beira da destruição.



Não importa o motivo...



Que seja por causa de um Holocausto Nuclear, uma Epidemia Mortal, a Terceira Guerra Mundial, um Ataque Alienígena ou Terrorista em grande escala, a Revolta da Natureza, Castido Divino ou algum outro derivado da infinita ignorância da nossa espécie.



Agora vá além e imagine que você (e só você) tenha nas mãos a chave para salvar tudo e todos.



Você o faria?



SIM, você daria mais uma chance para que o Sol nascesse novamente, as flores desabrochassem, os pássaros cantassem e alimentassem seus indefesos filhotes nos ninhos, as criancinhas saltitassem alegremente pelo parquinho, etc, etc e etc...



Ou NÃO, chega de pedófilos abusando e picando garotinhas indefesas, de gente jogando lixo no chão, de pessoas mal-amadas que se fazem de coitadinhas e encaram a opinião alheia como ofensa, de líderes corruptos que sugam os outros até as últimas consequências, etc, etc e etc...



Eu, particularmente, salvaria a existência.



Deixaria a coisa chegar a um décimo de nanossegundo do THE END e "apertaria o botão".



Quem sabe se as pessoas estiverem com as cuecas e calcinhas todas cagadas de medo e as caras ali bem pertinho da coisa preta, algumas de suas prioridades e valores não mudam e o Mundo, consequentemente, fica melhor também?

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

10 Coisas que Odiamos nas Mulheres


Ok, eu sei:

Homens largam meias pela casa, homens coçam o pé, homens têm hábitos terríveis, homens não são cheirosos como as mulheres, homens vêem futebol e falam bobagens etc. etc. etc.

Conheço umas 100 coisas horríveis do universo masculino, e provavelmente as mulheres, quando irritadas, saberão enumerar mais umas 1000. Mas será que conhecem ao menos 10 - DEZ!!! - coisinhas horripilantes que fazem o tempo todo?

Pois é...


Então, prestem atenção:


Perguntas (não exatamente) Retóricas
Diz Millôr Fernandes que, para um chato, "Tudo bem?" não é uma saudação, mas uma pergunta. A piada é boa porque, entre outras coisas, usa a mais clássica das perguntas retóricas - tanto que nem é uma pergunta, já ganhou função outra no cotidiano.
Mas as mulheres nos deixam malucos com suas perguntas, pois nunca sabemos quais são ou não as perguntas retóricas. O grande clássico é o "tô gorda?". Sabemos que é para dizer "não". Mas não basta qualquer "nãozinho". É preciso olhar, analisar, pedir para dar uma volta e, olhando nos olhos sem piscar nem tremer a pálpebrar, gritar: "NÃO!" - tudo abaixo disso é considerado pouco.
Lá pelas tantas, é claro, ficamos irritados. Porque são cerca de trinta ou quarenta perguntas dessas POR DIA. Não há quem suporte uma carga dessas.


Diálogos Geradores de Brigas
Em geral, a coisa começa com o famoso "você tá diferente hoje". E aí, claro, dizemos "não, não estou". E ela insiste "ah, tá sim". E, por óbvio, continuamos "não, claro que não". E a coisa vai até os finalmentes.
É simplesmente inacreditável a capacidade feminina de inventar diálogos geradores de brigas. E brigas feias! Algumas frases, como o "você tá diferente hoje", são verdadeiros clássicos arranjadores de encrencas. O segredo é ouvir e sair correndo. E bem rápido, sem olhar pra trás, pois é briga na certa. Não adianta dialogar: VAI DAR BRIGA.


Impossibilidade de Silêncio
Segundo a física, não há silêncio absoluto, exceto no vácuo. E as mulheres talvez sejam a prova cabal dessa teoria. Porque, na boa, vai falar assim lá na casa do chapéu! Putamerda! Como falam, meu Deus!
Quando você chega para um amigo e diz "poxa, hoje não tô legal, vou ficar numa boa" ele simplesmente concorda e pronto, os dois ficam quietos numa boa. Mas com mulher não tem dessa. Ela logo quer saber se o problema é com ela e trata de fazer TUDO, menos ficar em silêncio!
Obviamente, este tópico desemboca no item acima, porque em determinado momento nossa paciência vai pro beleléu e começamos a brigar - o que pode dar enguiço nos termos do último ponto abordado nesta lista.


Exigência de Olhos de Lince
Mulheres não ligam se o homem tem miopia, astigmatismo, cegueira noturna ou até mesmo catarata. Mas, quando se trata de um corte de "três dedos na parte de trás do cabelo", é preciso ter a visão além do alcance do Olho de Thundera.
"Ai" do coitado que não perceber. E isso vale também para quando ela modifica a tonalidade da cor da unha ou qualquer outra coisa do mesmo grau de relevância.
Enquanto estamos preocupados com coisas bobas como o pagamento de contas da casa ou algo assim, elas exigem - claro - que saibamos qual a medida (em milímetros) do comprimento de cada fio de cabelo do cocuruto até as costas ou o tom malva-fúcsia das unhas das mãos.
Não são raros os casos de mulheres que passam a mão violentamente sobre a mesa, jogando no chão carnês de IPTU, IPVA, condomínio e afins, com olhos marejados e voz embargada, dizendo "você não tem tempo para mim, só para essas coisas supérfluas aí de cima da mesa!"
E voltam a olhar para as unhas recém-pintadas...


Lingeries "Unilateralmente Sexies"
Mulheres gostam de lingeries fofinhas. Homens gostam de lingeries enfiadas e minúsculas. Mulheres gostam de "Any Any", homens gostam de "Sex Shop". Mulheres gostam de cores bonitinhas, homens gostam de contrastes e coisas do gênero. É assim e pronto, salvo raríssimas exceções - quanto às quais cabe, inclusive, redobrar as atenções.
Nós entendemos perfeitamente quando vocês se produzem para ficar bonitas para as amigas. É do jogo, sabemos, e não há problema algum em fazer inveja para o resto do mulherio. Mas, no sexo, não há amiga alguma olhando, então POR QUE DIABOS USAR UMA LINGERIE DA QUAL SÓ VOCÊ GOSTA? O ideal não seria usar algo que nos agradasse? Pensem nisso com carinho.


Duelo de Filmes Chatos
Sim, eu sei, nós gostamos de umas merdas horríveis. E vocês também não ficam atrás. Daí, naqueles sábados "românticos", o que menos se vê é romantismo. Porque o homem aluga um filme chato (legal para ele) e a mulher outra bomba (legal para ela). Exceto casais que se complementam (nerds, cults etc).
Nesse caso, justiça seja feita, a mulher irrita o homem, mas a recíproca é pra lá de verdadeira. E o pior de tudo é que não há um meio termo; afinal, se um quer ver "Duro de Matar" e a outra pretende alugar "Uma Linda Mulher" qual a solução para o impasse? Pegar "A Rena do Nariz Vermelho"? Simplesmente, não dá!
O jeito, se é que é possível, é perambular pela locadora atrás de alguma miraculosa película que não agrida a ambos tanto assim. Talvez seja possível. Que tal recolher as armas? Ou então - isso sempre dá certo! - um filme BEM LIXO, odiado pelos dois, que sirva como desculpa para que se faça aquilo que realmente interessa.


O Arroz
Ah, isso irrita! O "amigo comedor" é osso duro de roer, mas faz parte de um grau mitológico digno de certo respeito - não que o aceitemos, pois se vier com graça obviamente levará sopapos na fuça. Mas, vá lá, é pelo menos um homem de verdade.
O arroz, por sua vez, é um dissimulado, um idiota que esconde suas intenções numa pseudo-amizade. Se falamos qualquer coisa a seu respeito somos atacados imediatamente na base do "seu grosso! não vê que ele é meu amigo! você é um insensível que não entende a amizade entre homem e mulher".
Ele é o urubu da relação alheia, à espreita da carniça, aguardando pacificamente o fim de tudo para devorar as sobras. Mas, claro, já está mais do que provado que ele não fica com nada, nem mesmo no ápice da carência da garota, pois quando tudo acaba ela vai para os braços de algum homem, não para um panaca como o arroz.
Mas ele insiste. Ah, insiste!


Liberdade: Faca de Dois Gumes
O ciúme não é prerrogativa só de homens ou mulheres, sei disso. Talvez os homens sejam mais idiotas que as mulheres nisso, pois são os que mais vezes manifestam publicamente tal baboseira. E a liberdade, bem sabemos, está atreladíssima ao ciúme.
Mas as mulheres, por sua vez, embora não sejam dadas às manifestações públicas e ataques em geral (salvo exceções raras, porém engraçadíssimas), gostam de aplicar uma lógica não exatamente "lógica". Explico.
Elas acham importante ter liberdade para sair com as amigas porque não acham que uma relação consista na simbiose. Ótimo. Mas torcem o nariz quando é a NOSSA vez de sair com NOSSOS amigos. Isso porque - elas dizem - os NOSSOS programas são ruins e perigosos; ao contrário dos delas, que são legais e inofensivos.
Uma lógica ilógica, sem dúvida. Nos nossos, há mulheres se jogando pra cima de todos os homens (claro, claro, somos umas delícias...), nos delas não há homem algum olhando para qualquer mulher (claro, claro...). E assim por diante... Ridículo e risível, para dizer o mínimo.


Superioridade x Hipossuficiência
Mulheres e homens são diferentes, é óbvio. Isso não quer dizer que uns sejam "melhores" que os outros. Mas no duelo entre os sexos, em geral por brincadeira, cada qual puxa a brasa para sua sardinha. Ok, ok. Faz parte da gozação. Mas dá nos nervos quando a mulherada faz toda aquela fogueira de sutiã, mas não perde qualquer oportunidade de "furar a fila da fraqueza" por conta de fatores de gênero.
Sai aquele quebra-pau violento sem explicação? No outro dia ela diz, na maior cara lavada, que estava de TPM. E fica por isso. Há duas sacolas para carregar e uma é só um pouco mais pesadinha? Nem precisa discutir, ela olha com aquela carinha de "você sabe qual das duas é sua" e, pronto!, tá resolvido. Ou então liga pra que ajudemos a manobrar o carro ou algo assim.
Depois, às vezes no mesmo dia!!!, dizem que as mulheres são melhores por causa disso, daquilo e daquilo outro. É engraçado, pois se trata de uma postura mais ou menos adolescente e, nesse sentido, é até um tanto bonitinho pela imaturidade. Mas não deixa de ser também um pouco irritante.


Eterna Vitimização
Mulher gosta de um chorinho. Já falei daquele negócio da TPM, tal e coisa, mas mulher gosta mesmo é de um chorinho. Apelar é com elas. Quando a coisa aperta, ai ai ai..., se prepara que lá vem a cachoeira lacrimal...
Essa vitimização é a desgraça das desgraças. A mulher atazana, atazana, atazana, até que finalmente topamos a briga. Claro que não vamos pro pau, na base da porrada, mas partimos para o debate de argumentos ou, quando é o caso, de ironias ou acusações. E aí, vez por outra, vencemos o embate.
Pronto: abrem o berreiro. Começam a chorar e soltar frases do tipo "você não me ama" ou "eu não presto pra nada" ou ainda "eu só tenho defeitos" e tantas outras pra lá de apelativas. Por quê, meu deus!, por que isso?
O melhor a fazer é filmar essa cena e, na hora da briga seguinte simplesmente chamá-la para assistir na TV. Simples e eficaz, não? Em vez de brigar ela percebe como tudo acaba, para ver o grau de apelação.


Fim de papo.


Evamoquevamo!


(e sem revisão!, porque a revisora é mulher e ela ia ficar brava com o texto )


domingo, 2 de novembro de 2008

A Fera Assassina



Big Bad Wolf (batizado no Brasil como A Fera Assassina) é a mais recente produção cinematográfica a ter um Lobisomem como vilão da história.


A idéia mais interessante do filme (mas não a mais original, já que foi utilizada em Um Lobisomem Americano em Paris) é que o indivíduo sabe que carrega consigo a maldição do lobisomem e gosta disso.


Isso acaba contradizendo a tagline do filme: "ONDE O HOMEM TERMINA, COMEÇA O MAL". Afinal de contas o sujeito que se transforma no Lobão Malvado sabe que isso acontece com ele e gosta.


Pior ainda, em sua forma humana o cara é tão ruim e mau caráter como quando se transforma no monstro.


Uma tagline adequada seria "O MAL MUDA DE CARA MAS CONTINUA ALI".


Resumindo o filme:


Um tímido adolescente (provavelmente um dos protagonistas mais sem graça dos últimos tempos) leva quatro colegas de escola mais sua amiga de infância por quem é apaixonado para passar uma noite na cabana de seu padrasto.


Lá eles são atacados por um filho-da-puta de um Lobisomem capaz de falar e que vai fazendo piadinhas enquanto barbariza geral com as vítimas.


Os únicos sobreviventes são o tímido adolescente sem graça e sua pretensa futura namoradinha (uma motoqueira durona), que passam a investigar a real identidade do bicho.


Investiga lá, investiga cá, acabam descobrindo que o Lobisomem é (nada mais, nada menos) que o padrasto malvado dono da cabana.


Não, eu não estraguei a surpresa.


Desde o princípio ele é o único suspeito e ainda assim você fica torcendo para que não seja tão simples assim, que venha uma reviravolta mude o rumo das coisas.
Mas não adianta, é ele!
A prova final vem de maneira tão dramaticamente escatológica (um teste de DNA realizado numa amostra de sêmem) que me recuso a comentar com detalhes aqui...
O grande mérito de Big Bad Wolf é não apelar para efeitos especiais na criatura.
Temos um bom Lobisomem construído através de alguns quilos de maquiagem.
Poderia ser visualmente melhor se a criatura não falasse, já que os movimentos da boca e rosto ficam extremamente limitados nesses momentos.
Aliás, para a cena final, resolveram criar um incêndio virtual que ficou uma porcaria. Ficaria melhor se tacassem fogo de verdade!
Ainda não sei se é um filme bom, médio ou ruim.
Não consegui definí-lo entre Terror, Terrir ou Comédia de Humor-Negro.
Quem quiser, por sua conta e risco, vai lá e assiste!