quinta-feira, 23 de abril de 2009
O Justiceiro - Zona de Guerra (The Punisher - War Zone)
Eu sou simplesmente fanático por filmes baseados em histórias em quadrinhos.
Gosto de ver mesmo que não seja dos personagens que acompanhava na minha infância/adolescência (em sua maioria da DC Comics: Batman, Superman e companhia Ltda.)
Fazem uns bons anos já que filmes baseados em HQ voltaram a moda.
Mais precisamente, foi com Blade - O Caçador de Vampiros que a indústria cinematográfica enxergou o potencial ($$$$$$$$$) desses heróis.
O ápice, até então, veio ano passado com Batman - O Cavaleiro das Trevas. Na minha opinião o último (até então) filme do homem morcego elevou os filmes de super-heróis a um novo patamar.
No entretempo Blade/Batman muita coisa boa e muita coisa ruim foi feita no campo.
Do lado "coisa ruim", um filme em particular se destaca com louvores: O Justiceiro.
Assim que coloquei o DVD para rodar e uma musiquinha chata, dramática e antiquada tocou na apresentação do menu, meu "sentido aranha" disparou:
Merda a vista... Merda a vista... Merda a vista... Merda a vista... Merda a vista... Merda a vista... Merda a vista... Merda a vista...
E o pior de tudo é que eu não estava errado...
Chega a dar raiva de como um diretor/roteirista/produtor pode estragar um filme como o do Justiceiro.
Não sou nenhum especialista no assunto, mas o que pode dar errado em contar a história de um sujeito que tem a família (esposa e filhos) assassinados e resolve sair por aí mandando bala na marginalidade, sem diferenciar se o meliante é um chefão da máfia ou um simples batedor de carteiras pé-rapado?
Nunca acompanhei as histórias do Justiceiro, mas sempre gostei do conceito do personagem. Posso estar enganado, mas eu o vejo como um ser bidimensional, preto no branco. Oito ou oitenta, sem meio termo nem chororô.
É bandido?
Bam!
Pronto.
Foi o que eu achei que faltou no filme anterior e que foi devidamente corrigido nesse.
Aqui a gente já sabe quem é Frank Castle logo de cara, quando ele solitariamente invade a mansão de um mafioso octagenário e arranca sua cabeça na mesa, durante o jantar, na frente de sua esposa e vários convidados e capangas (que logo se juntam ao seu anfitrião).
Tirem as crianças da sala: Bandido bom é bandido morto!
Nesse filme, O Justiceiro é O Justiceiro, doa a quem doer!
E acaba doendo mais para o vaidoso e narcisista mafioso Billy, o Belo.
Totalmente desfigurado pelo Justiceiro (Heheheheheheh...) logo no início do filme , ele adota o nome de Retalho e parte em busca de sua vingança.
Sua primeira atitude ao ver seu novo rosto é matar seu médico.
A segunda é resgatar seu irmão James do hospício.
A química entre os irmãos malvados é um dos pontos altos do filme.
Impossível não abrir um sorriso quando Retalho lamenta-se de sua nova aparência para o irmão, que lhe garante que ele nunca mais teria que se preocupar com isso e começa a quebrar todos os espelhos do saguão do hotel onde eles estavam. Só vendo...
Por um momento eu achei que O Justiceiro fosse cair na mesmice, quando um criminoso compra uma arma química por intermédio do Retalho.
Pensei: "Pronto, agora vai ser O Justiceiro contra os Terroristas Malvados", mas isso não acontece.
A tal arma química só existe para causar uma reviravolta na trama que, felizmente, é pura e simples:
O Justiceiro mandando bala (e socos, chutes, flechas, facas, bombas, granadas, misseis e até pé de cadeira) na bandidagem.
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