segunda-feira, 29 de junho de 2009

Meu Reality Show





Reality Shows.

Não sou um apreciador desse tipo de entretenimento televisivo mas estive pensando em um cujo formato certamente atrairia minha atenção.

BBB's, Fazendas, Casa dos Artistas e afins chamam a atenção do grande público e estouram a boca do balão em termos de audiência porque é fácil para as pessoas normais se imaginarem confinadas ali dentro, enfrentando conflitos banais como brigas com quem não ajuda a lavar a louça na cozinha (ou que faz porquice a vista dos demais, ouve música alta, fala demais, blá blá blá...).

O isolamento grupal eleva tais trivialidades a níveis e confrontos épicos de onde (aos olhos do telespectador) emergem os heróis e vilões da vez.

O povo se identifica ali, toma partido deste ou daquele participante e passa a execrar (ainda que não saiba o que isso significa) os outros.

Tudo vira uma enorme celebração do cotidiano comum onde, na verdade, ninguém sai perdendo nada, já que mesmo os eliminados conquistam seu lugar ao sol, passando a ser assediados pela mídia e capitalizando o máximo possível sobre a situação.

No meu Reality Show (que chamarei de A ILHA) essa questão seria resolvida.

Perdeu, perdeu mesmo. Até porque apenas um participante sairia com vida do jogo...

Minha idéia foi basicamente inspirada no livro O Caso dos Dez Negrinhos de Agatha Christie, com pitadas do conto O Sobrevivente de Stephen King e, CLARO, no personagem Grande Irmão (do romance 1984) de George Orwell.

Seria mais ou menos assim:
Dez participantes (sendo cinco homens e cinco mulheres) seriam trancafiados em uma ilha (com direito a mansão e tudo) e vigiados vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana.
Os selecionados para participar seriam estereótipos básicos: o machão, o gay, a patricinha, a biscate, o religioso, a lésbica, o malandro, e por aí vai.

Cada um deles assinaria um contrato onde estará muito bem frisado que apenas um sairá dA ILHA com vida, embolsando uma quantia milionária em dinheiro e com imunidade jurídica por tudo que possa vir a acontecer durante o programa.

Se você acha que ninguém seria capaz de assinar por livre e expontânea vontade um termo desses, puxe um pouco pela memória que vai descobrir gente que faz coisa pior por bem menos grana.

A primeira semana seria de adaptação, pro pessoal ir se conhecendo melhor, formando as famosas panelinhas, tudo bem light.

Terminada essa fase, os participantes seriam chamados a uma sala de votação onde deveriam escolher (através de voto secreto) quem seria a vítima da semana. Este resultado só seria conhecido pelo público, que então iria optar entre os remanescentes por quem seria o assassino da semana. Após o término da "eleição" semanal, todos deveriam ser enviados de volta aos seus aposentos onde um dos participantes iria receber a informação de que é o matador da vez e quem foi a vítima escolhida pela audiência (vítima essa que, obviamente, não deve saber que está com os dias contados).

O carrasco terá então o prazo máximo de uma semana para eliminar seu alvo.

Todos os participantes estarão cientes que há um matador entre eles, que qualquer um pode ser a vítima e que tem todo o direito de se defender da maneira que julgar necessária.

Se porventura a vítima conseguir se safar do ataque, deve eliminar seu algoz para prosseguir nA ILHA.

Se o assassino não conseguir matar a vítima no prazo estabelecido (por falta de oportunidade, conflitos morais ou qualquer outro motivo), será executado. Se uma vítima matar outra achando tratar-se do assassino (isso pode acontecer devido a pressão do ambiente), será executada também.

Caberá ao público decidir se a execução será sem ou com sofrimento. Aliás, para esses casos, grandes personalidades do meio artístico (e, futuramente, vencedores das edições anteriores dA ILHA) poderiam dar suas idéias: "Ah, esse eu queria que tivesse os membros decepados e sangrasse até a morte", ou "Eu sempre quis ver alguém ser comido vivo por ratos... ou piranhas!".

Conforme o tempo de confinamento fosse aumentando (e o número de participantes diminuindo), as regras poderiam ser levemente alteradas, para sair um pouco do tédio do lugar-comum. Que tal se em uma oportunidade o participante fosse alertado de sua condição de vítima, deixando seus nervos mais a flor-da-pele do que nunca, em um estado de paranóia extrema? E se o assassino pudesse escolher quem eliminaria daquela vez?

Os crimes deveriam ser executados da melhor e mais eficiente maneira possível pelo assassino, valendo usar a faca de manteiga da cozinha, o tesourão de jardinagem, empurrar da sacada, colocar produto de limpeza na bebida, usar as próprias mãos.

O importante é matar!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Desumano


O trono deste post se deve ao fato de eu estar reinando enquanto buscava inspiração para escrever, mas eis que meu reinado foi interrompido (eu estava no trabalho) por uma ligação totalmente desnecessária. Não, isso não chega a ser desumano, mas é uma puta sacanagem tirar alguém do trono a toa!


Na verdade, ouvi essa palavra hoje, quando um paciente chegou no hospital após fazer um ultrassom (que revelou vários cálculos na sua vesícula) e teve que esperar um bom tempo para que o médico responsável pela avaliação cirurgica se dignasse a ir vê-lo.

E ele, (o médico) só foi porque a enfermeira responsável FEZ ele ir (aliás, foi ela quem me disse que o que o rapaz estava passando até então era desumano).

A justificativa para tal demora foram questões burocráticas ($): Por não residir na minha cidade, o paciente não podia ser internado para intervenção cirurgica pelo SUS, já que o convênio da firma dele também não cobre o procedimento. Restava transferir, mas a dor não espera... E nisso se dá um jeito.

Pior ainda, o médico responsável estava dentro do hospital o tempo todo, enquanto o cara se contorcia todo e ficava mais verde que o
Hulk!

Na ocasião de sua formatura, os médicos fazem uma declaração solene chamada Juramento de Hipócrates (ou Juramento dos Médicos), que é assim:

" Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higeia e Panacea, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.

Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva.

Conservarei imaculada minha vida e minha arte.

Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam.

Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.

Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.

Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça."


Vai ver, nessa hora, alguns cruzam os dedos!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Foda-se. F-O-D-A-S-E


Quarta-feira, 10 de junho de 2009.

Recepção do hospital.

- Que isso, rapaz, o Brasil jogando e você aí ouvindo música clássica na Rede Minas?!?!?!



FODA-SE
!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Meu Primeiro Filme - parte 8

Saiu o Trailer Final:



Mais três ou quatro noites de filmagens e o filme acaba!

Mas deixa isso pra quando não estiver fazendo tanto frio...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Conselhos foram feitos para serem seguidos. Ou não...


Segundo Alan Moore, a mente criativa por trás de histórias em quadrinhos como V de Vingança, A Piada Mortal e WATCHMEN, esta última foi feita para ser apreciada num sábado a noite, com uma caneca de café a tiracolo.

Como eu gosto de tudo que Moore escreve, resolvi seguir a dica a risca!

Fotos


Mais um marcador:

FOTOS

Simplesmente porque eu não paro de tirar fotos de tudo e todos (inclusive de mim mesmo, como você poderá observar no post acima).