quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Jogos Mortais (SAW)

Confesso que ainda não assisti Jogos Mortais 5, que estreou nos cinemas no final do mês de outubro. Não por falta de vontade, mas por oportunidade.


Isso não quer dizer que eu seja um daqueles fãs xiitas da série, muito pelo contrário...


Por mim, tinha acabado no primeiro!


O primeiro SAW era ágil, crú e simples:
Dois caras que não se conhecem acordam trancados em um banheiro imundo. Cada um está acorrentado a uma extremidade do cubículo. Entre eles um corpo com uma arma na mão, (aparentemente se suicidara ali) e um gravadorzinho na outra.
Em seus bolsos há uma pequena fita K7, que eles não demoram pra por pra rodar no gravador.
Descobrem estarem metidos na armadilha de um Serial-Killer chamado JigSaw.



No método JigSaw de trucidar suas vítimas está toda a graça do filme.
O assassino não mata diretamente suas vítimas, ele as prende em um dispositivo ou situação de onde só sairão com vida se fizerem algo extremo (como se cortar inteiro numa teia de arame farpado, abrir a barriga de outra vítima para achar a chave do dispisitivo que arrancará sua cabeça fora, arrancar um dos seus próprios olhos ou serrar o pé fora).


O primeiro SAW tem uma conclusão fantástica, um final de deixar muita gente de boca aberta e que vale pelo filme todo. Custou uma mixaria (ainda que uma mixaria para o cinema norte-americano sejam alguns milhõezinhos de dólares) e arrecadou horrores. É claro que a ganância hollywoodiana não podia deixar uma oportunidade dessas passar batida e cerca de um ano depois Jogos Mortais 2 estreou. E assim vem sendo até que a série encontra-se em seu quinto capítulo, com a promessa de que haverá ao menos mais um próximo ao Halloween de 2009.


O grande problema das sequências de SAW é que as armadilhas deixaram de ser curtas e grossas com o passar do tempo. Antigamente o esquema era simples (e vejam que simples não quer dizer simplório). A vítima estava naquela situação de vida ou morte, uma gravação lhe dizia o motivo de ter sido escolhida para estar ali e o que tinha de fazer para sair com vida (provavelmente aleijado, mas com vida!).


Nos filmes mais recentes a pessoa não sabe ao certo por qual motivo está passando por aquilo e nem o que tem que fazer para escapar. O que antes era "fácil", acabou ficando complicado demais, tentaram fazer as armadilhas terem um efeito mais devastadoramente psicológico do que físico nas vítimas e o resultado ficou abaixo do original.



Mas não pense que a série como um todo é ruim.
São tantas pontas deixadas propositalmente soltas para serem respondidas na sequência, tantos flashbacks tirando as dúvidas dos filmes anteriores que para os fãs de terror e suspense em geral não é sacríficio nenhum acompanhar os eventos.



Recomendo ao menos o primeiro da série para quem ainda não viu nenhum, nem que seja só para ficar de queixo caído nos últimos dois minutos.


Se gostar, veja o resto.

Talvez você até goste mais dos outros e descubra que eu não tenho razão!

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