quinta-feira, 12 de julho de 2012

Artimanhas Políticas


    Você sabia que o sistema brasileiro de escolha dos administradores e legisladores públicos se divide em majoritário e proporcional? Pois é, pois é, pois é... 

    Veja só: no majoritário, é eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos em determinada circunscrição eleitoral. No Brasil, os governadores, prefeitos e o presidente da República são escolhidos através do sistema majoritário por maioria absoluta, com possibilidade de segundo turno. Senadores também são eleitos majoritariamente, mas por maioria simples, sem possibilidade de segundo turno.

    Já os vereadores (ATENÇÃO PACATA JACUTINGA) e deputados estaduais e federais são escolhidos por meio do sistema proporcional, quando o número de cargos eletivos é distribuído na proporção dos votos recebidos pelos diferentes partidos e coligações em cada eleição. Funciona da seguinte maneira: divide-se o número de votos conquistados por cada legenda ou coligação pelo quociente eleitoral, que por sua vez é o resultado da divisão do total de votos válidos pelo número de cadeiras a serem preenchidas. O resultado se chama quociente partidário, que nada mais é do que o número de vagas que cada agremiação política ocupará nas diferentes casas legislativas.

    Trocando em miúdos: quanto mais votos um partido ou coligação tiver, mesmo que concentrados em um candidato apenas, mais políticos este partido ou coligação irá eleger. Na prática, isto significa que, antes de votar em um candidato a vereador, o eleitor vota em uma legenda, isolada ou coligada. 

    É aí que entra o Chapa-Coco. Se você acha que ao votar nessa popular figura jacutinguense estará expressando toda a sua revolta com nosso atual cenário eleitoral e sendo o supra-sumo da rebeldia política, saiba que seu voto (e mais o de uma porção de desinformados) servirá apenas para eleger outros candidatos que precisam se valer dessa estratégia (na minha opinião antidemocrática) para se elegerem.

    Sinceramente, eu não dou a mínima pra quem você vai votar (ou não). O que realmente faria diferença para mim é que você o fizesse com plena consciência dessas "artimanhas" políticas que querem a todo custo que você desconheça. 

    Sem mais...


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