sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Não se faça de vítima!



"Sou o patinho feio, ninguém cuida de mim."


Esse patinho, porém, quase nunca é feio nem se encontra em estado de total abandono. Ele é só mais um doente de vitimismo - patologia psicológica caracterizada pela presença de um sentimento, ele sim, muito feio: a autopiedade.



O complexo de vítima - a mania de assumir, na vida, a postura de mártir sofredor - é uma das mais insidiosas e destrutivas patologias psicológicas.


Os que caíram nas garras da autopiedade vão por aí, puxando a carroça dos seus sofrimentos quase sempre imaginários - mas não por isso menos reais - e provocando nos outros enfado e repulsa. Isso é muito triste, quando se sabe que tudo o que eles querem é exatamente o contrário: ganhar carinho e atenção.


O vitimismo é um poço de sentimentos negativos.


Dele surge a tendência para culpar os outros (o pai, a mãe, os irmãos, a sociedade, a vida, o mundo, os maus fados, o destino) e fazer deles os responsáveis pelas nossas próprias mazelas.


Dele surgem as couraças de autodefesa que não nos permitem relaxar e viver de modo saudável nossa relação com os outros e conosco mesmos.


Dele vem a impressão sempre absurda e impossível de que não precisamos mudar. Os outros é que estão errados.


Ele é a pior das cegueiras, pois destrói na pessoa a autocrítica, o discernimento e a capacidade de avaliação racional das situações.


Demônio de muitas faces, o vitimismo é mestre em matéria de distorção da realidade. Parente próximo da tristeza, quando ele possui uma pessoa coloca diante de seus olhos um filtro cinza e opaco que a impede de apreciar - e se deleitar - com as cores do mundo.


O vitimismo é doença precoce.


A análise transacional - uma técnica de psicoterapia - ensina que uma criança, já nos primeiros anos de vida, e a partir do seu contato cotidiano com os adultos, decide qual das seguintes posições existenciais ela assumirá na vida:


Eu não estou ok, os outros estão.


Eu estou ok, os outros não estão.


Não estou ok, os outros também não.


Estou ok, os outros também estão.


Uma vez escolhida a posição, quando a criança cresce, ela será dominante no seu caráter, enquanto as outras, embora podendo coexistir, terão menor peso.


Destaca-se que a atitude universal na primeira infância é a da "eu não estou ok, os outros estão". Assim sendo, a pessoa poderá permanecer fixada nessa posição ou, segundo a educação recebida, passar a uma das outras três.


Explicando melhor:
- "Eu não estou ok, os outros estão." Essa pessoa se sente inferior aos outros e tenderá à depressão. Ela ainda permanece na mesma posição da sua primeira infância.


- "Eu estou ok, os outros não." É a pessoa que culpa os outros pelas suas misérias. Essa posição costuma ser assumida pelas crianças maltratadas com brutalidade, que concluem: "Quando estou sozinho, estou muito bem. Não preciso de ninguém, deixem-me só." Esta posição é, em geral, baseada no ódio, mesmo quando ele está bem camuflado. Desse grupo fazem parte, com freqüência, os delinqüentes, os fanáticos e os criminosos.


- "Eu não estou ok, os outros também não." Essa pessoa não sente nenhum interesse pela vida. É abúlica e depressiva. É uma posição assumida por aqueles que não receberam suficiente calor e atenção nos primeiros anos e escolhe os amigos, o cônjuge, esperando que ele seja propenso a desempenhar o papel complementar.


NÃO SOMOS LIVRES como acreditamos ser.
Quando se entende isso, fica evidente que a maior parte dos nossos atos e pensamentos não é tão livre de condicionamentos como gostamos de acreditar. Nossa certeza de sermos livres, de fazermos tudo aquilo que queremos, e quando queremos, é quase sempre uma ilusão. Quase todos, na verdade, carregamos dentro condicionamentos mais ou menos ocultos que, com freqüência, tornam difícil a manifestação de uma honestidade genuína, uma criatividade livre, uma intimidade simples e pura.


Posição existencial é, portanto, um papel que o indivíduo tenderá a representar ao longo da sua vida. É preciso sublinhar o fato de que todas as posições existenciais necessitam de pelo menos duas pessoas, cujos papéis combinem entre si. O algoz, por exemplo, não pode continuar a sê-lo sem ao menos uma vítima. A vítima procurará seu salvador e este último uma vítima para salvar.


O condicionamento para o desempenho de um dos papéis é bastante sorrateiro e trabalha de forma invisível. Esta é uma das causas principais da falência de algumas amizades ou casamentos, quando as pessoas interessadas não se ligaram a partir de uma simpatia genuína, mas sim com o objetivo de encontrar na outra pessoa um sujeito adequado para desempenhar algum papel complementar.


Se pararmos alguns instantes para considerar os casais que conhecemos, não será difícil encontrar entre eles a "menina" que casou com o "pai" (relação vítima-salvador) ou a mulher que se queixa continuamente do marido, mas nem sequer admite a idéia do divórcio (relação vítima- algoz).


Observemos, então, como vivemos e como a nossa presença influencia a vida daqueles que nos cercam. Somos sadios? Serenos? As pessoas ao nosso redor apreciam a nossa presença? Nosso cônjuge nos admira? Ele fala bem de nós? Nossos filhos nos consideram como amigos? Quantos amigos temos? Em quantas portas podemos bater no caso de uma situação grave?


SE NÃO FORMOS serenos e não tivermos amigos, tentemos considerar que, provavelmente, a nossa posição existencial e o papel que desempenhamos não são os melhores possíveis. Com efeito, se o fossem, teríamos serenidade, melhor saúde.

Achei este texto aqui:
Postei em homenagem a todos os coitadinhos e coitadinhas que vivem neste nosso mundo cruel...


terça-feira, 21 de outubro de 2008

E o Circo continua!

E não é que além de estar tudo errado, ainda tinha mais coisa para vir a tona?

O pai da Eloá é um foragido da Justiça, descoberto graças ao forfé que fizeram ao redor do caso!

A propósito da garota, uma das cenas mais degradantes da atualidade foi ver a fila de curiosos passando ao lado do caixão dela no velório aberto e tirando fotos ou filmando tudo com o celular.

Isso sem contar que antes da morte cerebral ser constatada, enquanto Eloá ainda estava "somente" em estado de coma, alguém da imprensa se adiantou e perguntou se a família doaria os orgãos (que depois, sabiamente, foi o que fizeram).

Ainda há quem diga que ver filmes de terror é que é mórbido...

E só mais uma coisinha:
Se o tal Lindembergue era trabalhador, réu primário, tinha a ficha limpa e o diabo a quatro, não seria interessante descobrir onde ele conseguiu a arma que usou no sequestro?

Sim, conseguir uma arma não deve ser a coisa mais difícil do mundo, mas já que é pra fazer, façam tudo!

E direito!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Criaturas Estranhas

- Papai... - disse a pequena Jill'o-ha logo após ser colocada para dormir em seu compartimento umidecido.


- Sim?


- Me conta uma histórinha antes de eu dormir? - a pequena cauda da criança começou a se agitar por debaixo do pijaminha de animetal.


- Uma histórinha?


- Sim, papai! - uma luzinha azul bem leve começou a emanar do focinho de Jill'o-ha.


- Hum... - Jill'o-hu IV, o pai, coçou a cabeça esquerda antes de responder: - Uma histórinha de terror? Como sempre? - ele não estranhava que uma criança de apenas três ciclos e meio já se interessasse por histórias macabras. Ele mesmo começou a gostar da coisa com menos de dois ciclos!


- Sim papai! - a criança sorriu expondo as afiadas presinhas. Duas ou três delas estavam faltando na mandíbula superior, formando uma simpática janelinha. Provavelmente as presas permanentes demorariam mais para crescer que a orelhinha esquerda...


- Mas é muito cedo, querida, não quer esperar a terceira lua aparecer?


- Não, amanhã eu não tenho aula de Expiloquitia Aplicada a tarde, posso chegar quando já estiver bem escuro...


- Tá bom, só uma... E amanhã você vai me ajudar a tirar todos os Clummings do quintal, certo? Eles estão comendo todos os Rummarians da sua mãe e ela anda sem tempo de cuidar do jardim fluorescente ultimamente.


- Combinado, papai! Mas conta logo! - as anteninhas de Jill'o-ha tremiam de alegria, emitindo aquele sonzinho caracteristico. Os olhinhos brilhavam, alternando-se entre laranja e roxo.


- Era uma vez, em um espaço-tempo muito distante, um planetinha azul chamado Terra...

sábado, 18 de outubro de 2008

Jacutinga e Jacuzada

Pra quem ainda não conhece, um site legal pra se "brincar" hoje em dia é o http://www.wetpaint.com/
Nele você tem a possibilidade de criar uma enciclopédia virtual aos moldes da Wikipedia sobre o assunto que você quiser! Muito divertido mesmo!
Quem indicou o site foi meu amigo Pedro "Baldurquino".
Junto com ele estou fazendo um apanhado geral sobre como foi nossa infância e adolescência na cidade de Jacutinga (sul de Minas Gerais) na época em que ele vinha passar as férias e trazia sua câmera para junto de meu irmão Àlan, meu primo Daniel e mais alguns conhecidos fazermos diversos filmes caseiros.
Também falamos um pouco sobre a história recente da cidade, personagens curiosos e músicas e filmes que nos marcaram ao longo das décadas de 80 e 90.
Se alguém se interessar, eis o link da nossa própria enciclopédia, intitulada Jacutinga e Jacuzada: http://jacutingaejacuzada.wetpaint.com/

Tudo Errado

Eu sou adepto da teoria de que se algo começa errado, termina errado!

Você pode remediar a situação, ir comendo pelas beiradas, empurrando com a barriga mas no fim jamais vai ter sido como se tivesse começado direito.

É o caso deste post, por exemplo...

Confesso que estou muito mal informado acerca do que vou escrever, mas assumo a responsabilidade e vou até o fim ciente de que estarei correndo o risco de dizerem "Que sujeito mais imbecil e sem noção! Escreveu um monte de besteiras...".

Hey ho, let's go:

Não acompanhei o caso do sequestro da Eloá pelo seu ex-namorado Lindemberg.
O tipo de circo que a mídia arma quando acontece esse tipo de situação me irrita!

Pelo que me consta, o casal namorava a pelo menos três anos.

Hoje Eloá tem quinze anos, Lindemberg vinte e dois.

Fazendo as contas, a menina tinha doze aninhos quando começou a namorar seu futuro sequestrador (de dezenove na época)!

Doze!

A garota era criança quando começou a namorar com um marmanjo maior de idade, barbado e com testosterona escorrendo pelos ouvidos!

Onde estavam os pais dela que não viram isso?

Uma mulher adulta se enamorar por um sujeito bem mais velho é uma coisa, mas uma criança?

Se esse meu questionamento for errado e eu for um caretão cabeça dura, alguém por gentileza me avise...

Mas vá lá.

O cara não tinha antecedentes criminais, era trabalhador, aparentemente boa pessoa...

Mas agredia ela!

Pelo que fiquei sabendo, o namoro durou três anos entre indas, vindas e porradas!

Será que essa Eloá que já tinha idade pra namorar não era capaz de ver que tinha alguma coisa errada nisso? Será que ninguém (família, amigos) se propôs a dar uns toques pra ela?

Ok, ok, vamos seguir em frente.
Como eu já falei no começo, não estou 100% informado sobre o caso.
Fui pegando uma coisinha aqui, outra ali e formei minha opinião baseado nisso (e, afinal, não é o que todo mundo faz?).

Lindenberg entrou no apartamento e fez reféns. Soltou alguns deles ficando por fim somente com a ex-namorada e Nayara, uma amiga dela.

Por algum motivo soltou Nayara, tinha só Eloá em seu poder quando alguém, do alto de sua sabedoria, achou que o pedido dele para que Nayara retornasse deveria ser atendido.

E faça-se a vontade do sequestrador!

Devolveram um refém liberto!

Hahahahahahahah...

Devolveram um refém liberto!

Por algum motivo ele deixou a moça ir, depois resolveu que a queria de volta e lá foi ela!

E se fosse a munição dele que tivesse acabado, enviariam uma caixa de balas? Ou quem sabe um trezoitão novinho em folha?

Reféns, ao meu ver, são a mais valiosa moeda de troca em um caso desses.

Quer água? Liberta um refém.
Quer comida? Solta mais dois.

Mas isso é o que eu acho, e o que eu acho é meu porque fui eu que achei!

No meio disso tudo, a maldita imprensa sensacionalista ligando pro celular do bandido e conversando ao vivo com ele! E dando opiniões o tempo todo sobre o que ele deveria fazer, o que a polícia deveria fazer, tudo como se o maior interesse não fosse audiência.

Aí aparecem "voluntários" para a negociação.
Até gente do time de futebol que o marginal torcia pintou na área.

O sequestrador e suas reféns acabaram meio que virando celebridades nacionais, numa das poucas vezes que assisti algo sobre o caso na televisão estava a tal Nayara livre, leve e solta andando por fora do apartamento falando tranquilamente ao celular!

Parecia um momento de glória! Tipo "Gi, vc num vai acreditar meu, liga a televisão e põe no quatro pra vc me ver!".

E é claro, não poderiam faltar, as bestas quadradas defendendo o bandido: "Pobrezinho, ele é bonzinho, só está abalado por causa do fim do relacionamento...".

POBREZINHO É O CARALHO!

Eu já tomei um pé na bunda, você já tomou um pé na bunda, quem nos meteu o pé na bunda também já tomou um pé na bunda e ninguém saiu por aí sequestrando gente!

Pra finalizar, a polícia que teve várias chances de acertar um disparo bem nos meio dos cornos do meliante resolve arrombar a porta e invadir o local, supostamente após ouvir um disparo. Resultado: A saltitante Nayara ferida levemente no rosto e Eloá (até este momento em que escrevo) entre a vida e a morte num hospital, com um tiro na cabeça. Tiro esse, aliás, que pelo que me consta ainda não se sabe se veio da arma de Lindemberg ou dos policiais que invadiram o apartamento.

Tudo errado!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Garotos Perdidos 2 - A Tribo

Quer saber o segredo para gostar de Lost Boys - The Tribe?



Esqueça o Garotos Perdidos original, de mais de duas décadas atrás!



Não que isso seja uma tarefa fácil...



O original é um clássico juvenil irretocável (um GOONIES com sangue) repleto de humor-negro e personagens com os quais você facilmente se identifica e simpatiza. Já sua sequência (a real "vítima" dessa resenha) tem lá seus pontos positivos, e mesmo com a maioria da crítica a malhando sem dó nem piedade, por mim saiu-se melhor que muitos outros filmes moderninhos do gênero por aí.



Como elo de ligação com a história original, temos o personagem Edgar Frog, vivido por Corey Feldman (presente em sete de cada cinco filmes infanto-juvenis da década de oitenta, como por exemplo Conta Comigo, Os Goonies, Meus Vizinhos São Um Terror, Sexta-Feira 13 parte 4 e por aí vai...).



A trama de Lost Boys 2 é basicamente a mesma do primeiro filme:
Um casal de irmãos chega de mala e cuia numa cidade nova, a irmã acaba se envolvendo com um vampiro que a vampiriza parcialmente(1). Cabe ao irmão impedir que o pior aconteça, e ele acaba conseguindo a ajuda do experiente caçador de vampiros (e shaper de pranchas de surf) Edgar Frog.



Feldman é o que há de melhor no filme.
Ele rouba todas as cenas em que aparece, dá um verdadeiro show de canastrice pomposa e carismática (para que fique bem entendido, isso é um elogio! Eu realmente gostei da participação dele). Deveria aparecer mais, e se os boatos sobre um Lost Boys 3 forem verdadeiros espero que corrijam isso!



Outra coisa boa de se fazer durante o filme é ir achando referências sobre a parte anterior (y otras cositas más, para quem curte o gênero):
- O vampiro decapitado logo no começo do filme é nada mais, nada menos que Tom Savini(2)!
- Na sequência da chegada dos irmãos a Luna Bay, a câmera passeia pelas ruas da cidade mostrando um pouco dos habitantes da região. Podemos ver brevemente o Saxofonista bombado e rebolativo do show mostrado no primeiro filme (cena onde Michael vê Star pela primeira vez) agora gordo e ainda tocando seu instrumento, provavelmente em troca de umas moedinhas.
- A tia dos protagonistas aluga Os Goonies(3) para eles assistirem.
- Descobrimos que no intervalo entre os filmes, Alan Frog (irmão de Edgar) e seu amigo Sam foram transformados em vampiros. Inclusive, em uma cena pós créditos finais vemos Edgar e Sam se reencontrando e indo pras vias de fato. Aliás, modinha desgraçada essa de colocar coisas depois que as letrinhas começam a subir! Em cinemas e cidades menores não exibem os créditos e você acaba perdendo coisas interessantes(4)
- Ainda há dois finais alternatrivos no DVD, onde descobrimos que Alan está vindo para Luna Bay "acertar as contas" com Edgar.
- O ator Angus Sutherland, líder da gangue de vampiros surfistas do novo filme, é irmão de Kiefer Sutherland (o Jack Bauer), líder da gangue de vampiros motoqueiros do filme antigo. Aliás, sobre as duas gangues em questão, vale ressaltar que na antiga os membros tinham pouquíssimas falas, mal abriam a boca (que não fosse para mostrar as presas) durante o filme todo. Na sequência a guangue vampiresca fala o tempo todo, faz piadinhas, ri, zoa muito e ainda assim perde feio em "atitude" para a primeira, que marcava muito mais presença e era trocentas vezes mais carismática e ameaçadora.




Momento impagável:
Edgar Frog e Chris Emerson (o protagonista) estão na caminhonete do nosso herói a caminho do covil dos vampiros para a luta final. Frog começa a benzer bexigas cheias de água para que elas se tornem bentas, dizendo que fez um curso pela Internet para se tornar pastor.
Chris pergunta se ele teve de estudar muito para isso. Eis a resposta (dita com toda a seriedade do mundo): "Não, eu preenchi alguns formulários e cliquei em ORDENE-ME".



No fim das contas Garotos Perdidos 2 - A Tribo é um bom filme (aliás, só por curiosidade, eu já disse o contrário sobre algum "resenhado" daqui?). Funciona se você não conhece o original e funciona melhor ainda se você conhece mas evita comparações. Aliás (afie sua estaca, arranje umas cabeças de alho e bastante água benta), a coisa ia ser realmente muito feia se ao invés de fazer Lost Boys 2 da maneira que foi feito, tivessem levado adiante a idéia da sequência ser Lost Girls...



Situe-se:
(1) = Ao ser mordido por um vampiro (ou beber de seu sangue), a pessoa torna-se um vampiro também. Porém, no universo de Lost Boys, a transformação não é definitiva até que o sugador novato faça sua primeira vítima. Se o vampiro-chefe do local for morto antes disso, tudo volta ao normal.
(2) = Tom Savini é um ícone da maquiagem dos filmes de terror. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão Despertar dos Mortos, Quem Matou Rosemary? ,e o primeiro Sexta-Feira 13. Também já atuou em várias outras películas do gênero como Show de Horrores 2, Um Drink no Inferno e no próprio Despertar dos Mortos.
(3) = Corey Feldman fez o goonie Bocão.
(4) = Tudo isso aconteceu depois que os créditos começaram a subir:

O Professor Xavier não morreu no X-Men 3, ele transferiu sua consciência para um comatoso mostrado logo no início do filme, quando ele dava uma aula sobre ética;
O Mercenário também não morreu no fim do filme Demolidor. Todo estropiado, fodido e engessado ele ainda consegue arremessar uma seringa que atinge mortalmente uma mosca que o incomodava no leito do hospital;
Tonny Stark, o Homem de Ferro é convidado no fim de seu filme por Nick Fury a ajudar a criar uma equipe de super-heróis, Os Vingadores.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Curiosidades do Orkut



Resolvi listar algumas coisinhas interessantes que acontecem no Orkut:
- Pessoas te adicionam sem deixar Scrap e quando você visita o perfil delas, está escrito assim, com todas as letras: NÃO ADD SE NÃO DEIXAR SCRAP, SE FOR ADD, DEIXE SCRAP ou NÃO ADD SEM SCRAP;
- Gente que nunca te viu na na vida te adiciona. Um tempo depois, sem que você tenha a mínima idéia do motivo, te excluem;
- Você passa a conversar por Scrap com conhecidos e colegas de trabalho que vê pessoalmente quase todos os dias;
- Descobrimos através de certas comunidades que não estamos sozinhos no mundo:
Tem muita gente que tem aquela mesma mania bizarra que você, que gosta daquele filme que só você se lembra, que tem os mesmos ideais, etc;
- Retomamos contato com aquela pessoa que já foi muito chegada só para descobrir que não resta mais quase nada em comum.
- Encontramos afinidades com alguém que sempre esteve por perto e que nunca pensamos ter nada em comum;
- Conseguimos informações preciosas sobre qualquer que seja o assunto mais facilmente no fórum das comunidades (embora nem sempre isso seja confiável) do que em sites específicos;
- Pessoas bloqueiam seus espaços (álbuns, páginas de recados) para terem mais privacidade ao invés de simplesmente deixarem o Orkut;
- Te mandam depoimentos prontos, artificiais e impessoais quando a função dos testemoniais no seu perfil é justamente mostrar como você é aos olhos dos seus conhecidos.
Algo mais?

domingo, 12 de outubro de 2008

Dia das Crianças


Feliz Dias das Crianças para todo mundo!


Pras crianças dos Oitos aos Oitenta (e as que tem mais ou menos idade que isso também).


Que não importando a sua idade, você possa sempre contar com seu moleque (ou moleca) interior para te aconselhar em quaisquer horas.


Que seus amigos e companheiros (das mais fantásticas expedições ao fundo do quintal ou visitas as mais tenebrosas casas mal-assombradas do bairro) ainda estejam presentes em sua vida para os momentos mais difíceis. E para os fáceis também (tão importantes quanto).


Que aquele amor puro e verdadeiro, porém impossível, te traga boas lembranças!
Um vídeo nostálgico em comemoração ao nosso dia:
Bom, agora chega de Internet!
Vou procurar uma turma pra ir na praça brincar de pega-pega, esconde-esconde, bandeirinha...

sábado, 11 de outubro de 2008

Fragilidade

Numa bela terça-feira estávamos eu mais meus pais e irmão voltando para casa.

Eu no volante.

Fomos no casamento de uma prima em São Paulo.

No domingo anterior eu estava num restaurante australiano (não fui visitar a terra dos cangurus, estava num que serve comidas típicas) comendo uma saborosa costela de porco com um molho doce (que não lembro o nome mas era uma delícia) quando meus primos paulistanos me perguntaram o que havia de bom na minha cidade pra se comer.

Respondi de cara o primeiro prato "típico" que me veio na cabeça:

O X-TUDO Duplo com Catupiry da mais popular lanchonete da minha pequena localidade.

Combinamos de que quando eles viessem pra cá, traçaríamos juntos a iguaria.

Eu, por algum motivo, fiquei com vontade do tal lanche na mesma noite, a quilômetros de distância. Gordinhos são um caso sério...

De volta a terça-feira:

A viagem de volta transcorreu tranquilamente, sem imprevistos.

Antes da entrada da minha cidade tem um morro, uma subida conhecida popularmente por "Serrinha" que já foi palco de vários acidentes com vítimas fatais.

Passava da uma da tarde, e chovia um pouco. Na minha frente um caminhão ia numa velocidade boa, tanto que não senti necessidade de ultrapassar. E já estava a uns cinco minutos de casa, correr a troco de que a essa altura do campeonato?

Repentinamente, o motorista do caminhão a minha frente jogou o veículo com tudo para a direita.

Faltou pouco, mas muito pouco mesmo, para que o caminhão tombasse no chão.

O motivo da manobra:
Vindo em sentido contrário, um outro caminhão (enorme, por sinal) vinha descendo e foi fazer uma curva em alta velocidade.

Com a pista molhada...

Sua cabine permaneceu na mão correta, mas a caçamba invadiu a pista contrária de atravessado, num ângulo de quase noventa graus!

Foi coisa de cinema, eu só vi a lateral da caçamba prateada crescendo pra cima de mim.

Num ato de puro reflexo repeti a mesma manobra do caminhoneiro que estava na minha frente, joguei meu carro pra direita, saí um pouco da pista, quase caí num precipício, voltei pra estrada e desviei do caminhão da frente, que diminuiu a velocidade depois de quase ter tombado.

Tudo isso em uns dois segundos!

A morte passou perto...

Passado o susto, a primeira coisa que senti foi raiva do caminhoneiro.
Minha vontade era de dar meia volta com o carro e ir atrás dele.
Quatro vidas seriam ceifadas e com ele não aconteceria absolutamente nada. Física ou mesmo criminalmente (Brasil, Brasil, Brasil!)

Nessas horas fica fácil de entender pq algumas pessoas não podem ter uma arma de fogo ao alcance das mãos.

Se eu tivesse uma naquele momento, estaria tentado a dar um fim sangrento a essa história (mais precisamente ao motorista irresponsável). Ainda assim, seria menos sangrento do que se meu carro tivesse sido golpeado de frente pelo monstro...

No fim das contas, não aconteceu nada...
Felizmente!

Na mesma terça-feira a noite eu tinha que trabalhar, então deixei para quarta meu X-TUDO Duplo com Catupiry.

Estava espetacular!

A vida é frágil...