domingo, 31 de maio de 2009

Coisas que me preocupam em relação ao Futuro


Eu adoro o Orkut.

Não fico sem, chega a ser irritante pra mim mesmo não conseguir ficar sem dar uma espiadinha várias vezes por dia.

Você mantém contato com amigos e parentes distantes (ou mesmo próximos), conhece gente com opiniões semelhantes/contrárias pra discutir coisas interessantes, participa de Comunidades legais sobre assuntos que anteriormente você achava que só importavam para você, entre outras coisas.

Não sei se isso é chatice demais da minha parte, mas tem umas coisas que eu ando vendo por aí que me deixam mais incomodado que o normal. Chegam a preocupar...

Exemplos:

Você entra no álbum FACULDADE de alguém (da sua lista de amigos ou não) e só vê fotos de um bando de jovens mal saídos da adolescência em festas, baladas universitárias e afins, sempre com litros e mais litros de bebida alcoólica a tiracolo. A coisa mais rara é ver uma foto da sala de aula, do laboratório, de uma peça anatômica, um objeto de estudo ou daquele passeio ao Museu de Ciências.

Todo mundo bebe e fuma incessantemente. E parece se orgulhar disso pelo que se vê nas fotos. Vira e mexe você vê na página de recados de alguém gente perguntando se X ou Y tá melhor da bebedeira, reclamando da ressaca, comentando os B.O's e prometendo mais pro próximo fds.

Erros de português me irritam.
Na medida do possível eu tento escrever tudo certinho Uma coisa ou outra passa as vezes, nada mais normal. Nosso idioma é complexo mesmo, cheio de regras, acabou de sair um novo acordo ortográfico, mas a os erros a que me refiro são grosseiros demais. Tem criatura que põe no perfil que faz curso de líguas estrangeiras e atropela o próprio idoma. Não sabem onde por S, SS, X, Ç, Z... Copiam e colam frases em inglês, espanhol, francês e alemão no perfil para na hora de escreverem por si só fazerem axim, eah!?!?!?!

Banalizaram o amor.
Todo mundo ama todo mundo: o pai e a mãe (até aí tudo bem), os irmãos (ok), namorados (certo), o xurros da esquina, o lanche da escola, o cara que faz o xurros da esquina, o amigo do irmão do pai daquele amigão, aquela pessoa que conheceu no sábado passado.
Querem tornar o amor um sentimento comum (no pior sentido da palavra), algo ordinário mesmo.

Os/As carentes de plantão encontraram um habitat fértil.
É difícil escapar com elegância de gente praticamente desconhecida implorando por depoimentos, scraps, adesão a comunidades em sua homenagem e comentários em fotos. Fazem parecer que você tem obrigação de lhes dar atenção.

Aí você vem me perguntar o motivo da minha preocupação com o futuro por causa disso.

Eu só posso dizer que não é nada agradável quando imagino meus vindouros filhos e netos no futuro (rodeados por esses tipos bitolados, beberrões e neuróticos), lendo livros escritos por eles, sendo por eles tratados ou assistidos, convivendo com eles.

É de dar medo...

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